Conheça a origem da Esfiha
A esfiha é um salgado criado na Síria, mas foi no Líbano que ganhou fama ou sua receita é de origem libanesa, sendo divulgada a partir da Síria? Este é um dos maiores mistérios da humanidade. Há quem diga, inclusive, que os dois países criaram a iguaria na mesma época, o que não pode ser confirmado, nem desmentido.
Uma das versões históricas diz que a esfiha veio da cidade de Baalbeck, no Vale do Beqa, no Líbano, e com frequência chegava a Homs, na Síria, que fica bem do outro lado da fronteira. Nessas áreas, era um alimento comum, feito pelo próprio povo, que logo difundiu o salgado pelos países do Oriente.
Também existem histórias que afirmam que, nos primórdios, o pão chato surgiu no Iraque, mais tarde passando a receber recheios de carne e cebola no Líbano e na Síria. O fato é que, por ser um alimento consumido há séculos pelos países de língua árabe, ninguém sabe ao certo quando ela surgiu, nem como.
Versão original e brasileira
Sua massa tradicional é a mesma do pão, mas com o tempo e graças a sua popularidade pelo mundo, a esfiha passou a ser preparada com outros ingredientes específicos, muitos deles característicos do Ocidente, ou de regiões onde é consumida.
Seu formato, no entanto, é igual em todos os lugares: aberta ou fechada. O recheio original dos países árabes inclui carne bovina, carne de carneiro, queijo, coalhada ou verduras temperadas. Depois de recheada, é assada ao forno.
A esfiha chegou em território nacional com os imigrantes árabes, entre os séculos 19 e 20. Veio primeiro para São Paulo, onde muitos sírios e libaneses se estabeleceram, mas logo conquistou todo o país. Como esses povos vieram em massa para cá, é possível encontrar seus produtos típicos em praticamente todas as regiões do Brasil, o que faz da esfiha um dos salgados mais amados pelos brasileiros.
Por aqui passou a ter recheio de carne bovina moída, e ganhou outros sabores como queijo, calabresa e frango, além de versões que usam ingredientes árabes, como zatar e coalhada. Virou atração de festas, salgadinho para encontro com amigos, comidinha rápida para quem não tem tempo de almoçar, petisco de fim de noite, e lanche saboroso para tardes frias ou quentes.
Com informações dos sites Olhar Turístico e Estadão.